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EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Parte 1

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EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Parte 1Autor Espiritual: André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Sinopse: Eurípedes Kühl
Realização: Instituto André Luiz
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
(Obra com estudo simplificado)

O livro “EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS” é o 10° da abençoada coleção A Vida no Mundo Espiritual (composta de 13 –treze- livros).
Apresenta particularidades especiais, não só quanto à sua feitura — dois médiuns psicógrafos —, mas, principalmente, quanto ao conteúdo: características da evolução do Espírito (desde sua criação), quer no Plano Espiritual, quer no material.
O Espiritismo bem evidencia que, encarnado ou desencarnado, o Espírito tem acesso ao plano diferente daquele no qual se encontra. Por ex: quando encarnado convive no Plano Espiritual, em média, por um terço ou um quarto da sua existência, através o desdobramento diário do sono; já quando desencarnado, tem também liberdade parcial para comparecer no Plano Terreno, o que é bem caracterizado e comprovado pelos mecanismos da mediunidade (vidência), além da ampla divulgação desses comparecimentos, explicitados em inúmeras obras psicografadas.
Outra característica ímpar desta obra: aliando Ciência à Doutrina dos Espíritos o Autor espiritual oferta-nos material de estudo e aprendizado que engloba, praticamente, todas as áreas do conhecimento humano e todas as nuanças de como a Vida se desdobra, em continuum, “na Terra e no Céu”. Apenas para “mostra do pano“ basta dizer que encontramos notícias do nosso nascimento há 1,5 bilhão de anos atrás! É isso mesmo: 15 (quinze) milhões de séculos, eis como o Autor registra dados aproximados da nossa idade!
Não é obra para ser lida, apenas: é para ser meticulosamente estudada, com releituras, redobrado senso de pesquisa e análise, além da companhia de bom dicionário e enciclopédia, ambos preferencialmente voltados às áreas de ciência humanas.
A propósito, há à disposição dos leitores nas distribuidoras/livrarias espíritas duas obras que atendem em parte a essa nossa sugestão (ambas se reportam apenas à 1ª Parte):
- “Ciclo de Estudos Sobre a Obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS”, do Dr. Paulo Bearzoti – Edição da AME/SP, 1987;
- “Elucidário de EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS”, de José Marques Mesquita, Edição da USEERJ, 1984.
Que seja individual o estudo, mas, decisivamente, em grupo será bem melhor, se possível junto a alguém com formação em Medicina e/ou Biologia.
Realizar simplificação desta alentada obra, capítulo a capítulo, como agora nos propomos é tarefa arriscada. Se por um lado tornará acessível ao entendimento parte do texto e da mensagem, por outro, necessariamente, implicará em perda de substância. Estamos cientes disso. Não obstante, com olhos voltados para a tolerância do Autor espiritual e a compreensão dos leitores, estaremos nos esforçando para que do nosso trabalho, entre perdas e ganhos, resulte que estes prevaleçam.
Assim, comentá-la sob reducionismo (simplificação), muito mais com boa vontade do que com competência, imaginamos que apenas isso nos seja permitido.
Para tanto, suprimiremos a terminologia técnica e sublinharemos a mensagem.
— Qual a justificativa para tão arriscada a tarefa?
— Fundamentalmente, porque a obra não cita personagens, não contém o roteiro de um acontecimento, não se prende a um tema específico ou a uma determinada área científica, de uma época, de uma civilização ou de alguém em particular. Contém ensinamentos inéditos sobre a Vida de cada um de nós, a partir da nossa gênese, monádica, ao nosso futuro: ascensão angélica!
Fala-nos de Deus, da Criação e de todas as criaturas; do Tempo, das imensidões siderais, dos gigantes cósmicos, das subpartículas atômicas.

Embora nesta obra André Luiz tenha empregado termos biológicos sofisticados, talvez utilizados apenas por técnicos que lhes domine a sinonímia, nem por isso, da nossa parte, sem formação em Medicina ou Biologia molecular, deixaremos de tentar captar o sentido de suas assertivas. Aliás, assim estaremos procedendo em toda a obra.

Dizer que esta obra é pujante é pouco. Só nos ocorre considerá-la única, ímpar!
Imperioso dever de gratidão é a reflexão de que esta obra é um sublime presente para quem quiser iluminar seus passos evolutivos. Por isso, elevamos o pensamento a Deus rogando que bênçãos fluam sobre o grande repórter da Espiritualidade que é André Luiz. E que os médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira sejam visitados, onde estiverem, pelas alegrias resultantes daqueles que trilham a estrada dos ensinos do Mestre Jesus, aqui brilhantemente inseridos.

INTRODUÇÃO

CONCEITOS:

Para abrir a obra André Luiz indicou que fossem apostos conceitos de Allan Kardec, os quais citamos abaixo (as fontes estão registradas no livro):
1. A marcha dos Espíritos é progressiva, jamais retrógrada.
2. No conhecimento do perispírito está a chave de inúmeros problemas até hoje insolúveis.
3. O Espiritismo mostra que a vida terrestre não passa de um elo no harmonioso e magnífico conjunto da Obra do Criador.
4. No intervalo das existências humanas o Espírito torna a entrar no mundo espiritual, onde é feliz ou desventurado segundo o bem ou o mal que fêz.
5. O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.

ANOTAÇÃO
Após a psicografia da obra o Espírito Emmanuel nos dá “anotações” que resumimos:
- comentários sobre o perispírito, cujo aprimoramento é de nossa responsabilidade;
- o Espírito mergulha na carne qual o processo da fotografia na câmara escura (nosso corpo físico);
- o Apóstolo Paulo é citado (1ª Epistola aos Coríntios, cap 15, versículo 44):
“Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.
Se há corpo animal, há também corpo espiritual”.
(Emmanuel comenta que corpo físico e corpo espiritual são veículos da mente, para nossa evolução rumo a Deus).

NOTA AO LEITOR
Em “nota ao leitor”, encerrando a introdução do livro, André Luiz arremata os tópicos iniciais, conclamando ou questionando (em síntese nossa):
- morte é o passaporte para o país da VERDADE;
- a civilização é um navio prodigioso, no qual muitos passageiros não se forram da solidão e angústia;
- a civilização já progrediu de forma esplêndida, mas a parte moral...
- sabe a Medicina regular os fluxos sanguíneos, mas tira o coração do cárcere de sombras?
- realizam-se maravilhosas cirurgias nos olhos, mas não os livram da visão das trevas...
- há fantásticos implantes ortopédicos, mas e as lesões do sentimento?
- controla-se o metabolismo, mas como anular as síndromes da aflição e da loucura?
Esclarece que é por isso que volta “para escrever um livro simples sobre evolução da alma nos dois planos”, aos torturados que perguntam sobre o fim da viagem. E arremata: “Foi assim, meu amigo, que este livro nasceu por missiva de irmão aos irmãos que lutam e choram”.
Como palmilhamos um mundo de provas e expiações, nada objeta considerar que “irmãos que lutam e choram” somos todos nós.

Primeira Parte

1 - FLUIDO CÓSMICO

1.1 – Plasma divino
O fluido cósmico, também conhecido por plasma divino, é o hausto (aspiração) corpuscular do Criador, força nervosa do Todo-Sábio.
É nesse elemento primordial que vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.
OBS: Se já na abertura desta obra o primeiro subitem apresenta economia de informações sobre a Codificação do Espiritismo, podemos sem dificuldade inferir que é suposição do Autor Espiritual de que o leitor detém conhecimentos que dispensam detalhes ou citação de fontes bibliográficas.

1.2 – Co-criação em plano maior
Sob qualquer denominação é a energia que emana de Deus, sendo o elemento primordial, origem de tudo e de todos, no qual vibram e vivem. Espíritos no mais alto grau de evolução, sob Delegação Divina, convertem o fluido cósmico em bilhões e bilhões de corpos estelares, radiantes ou obscuros, sólidos ou gaseificados. Essas co-criações superiores servirão (como vêm servindo) de moradia aos seres vivos de todo o Universo, seres esses incessantemente criados por Deus.
OBS: Por estarmos no início desses estudos, sob a sistemática da síntese simplificadora, rogamos aos leitores que tenham presente que nos vinte capítulos dessa primeira parte, invariavelmente iremos encontrar menção de que Espíritos Elevadíssimos agem sob ordens diretas de Deus, em benefício das Humanidades. Isso configura o quanto Amor Deus dispensa a todos os Seus filhos.

1.3 – Impérios estelares
Falar da grandeza dessas co-criações é inimaginável, sendo verdade que a Astronomia, que pode ser considerada a ciência que mais se aproxima desse entendimento, capta dessa grandeza aquilo mesmo que uma criança de um mês de idade já sabe da civilização e de todo o conhecimento humano.
Matéria, tempo e espaço se harmonizam, sob comando de Mentes Poderosas, daí resultando assombrosas construções na vastidão dos céus universais. Sóis e planetas, quais mães protetoras e seus rebentos, desfilam seus passeios, em absoluta perfeição de rota.

1.4 – Nossa galáxia
Sob a atuação sublime dos Arquitetos Siderais surgem as galáxias, subordinadas a impecável uniformidade, ofertando fantásticos sítios de progresso para o Espírito. Ordem e harmonia, celestiais, regulam a existência dessas vastidões siderais, nas quais sóis e planetas, magneticamente interligados, trilham órbitas específicas.
Os números astronômicos são sempre grandiosos e o Autor Espiritual cita-os nesta obra para enaltecer a Sabedoria e Grandeza de Deus, jamais para humilhar a Humanidade. Diz-nos, por exemplo, sobre a “nossa” Via Láctea: a onda de rádio, à velocidade da luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro. Houvesse um hipotético viajante nesse trajeto e ele veria milhões de estrelas magistrais e mundos sem fim, todos habitados! Com infinitos lares remotíssimos e outros tantos, recentes.
OBS: Tudo isso, apenas na Via Láctea. E existem milhões de galáxias...

1.5 – Forças atômicas
Deslumbrante em toda a Criação é o fato de que ela é constituída por elementos materiais agregados (invisíveis a olho nu) a que os gregos deram o nome de átomo. Julgavam eles que o átomo era indivisível e a menor partícula possível da matéria. Estavam enganados: o átomo, na realidade, é composto de dezenas e dezenas de subpartículas.
As construções siderais, a cargo de Inteligências Superiores, erguem-se à base de irradiações mentais (delas). Assim os mundos são criados para servirem de berço das mônadas celestes (o Princípio Inteligente, individualizado, nas suas primeiras manifestações).

1.6 – Luz e calor
As infinitas variações (combinações) de agregação atômica e de pressão eletromagnética dos corpos celestes irão determinar as condições de vida — luz e calor — para os seres que neles irão habitar.
A luz — maravilha das maravilhas — opera em todo o Universo à velocidade de 300.000 quilômetros/segundo. Tal proeza, só seria mesmo possível a Deus criar e ofertar. É de se imaginar que à luz estão associadas outras forças eletromagnéticas, absolutamente desconhecidas para nós.

1.7 – Co-criação em plano menor
As inteligências humanas não ficam excluídas do processo da co-criação, sendo-lhes ela facultada em grau menor, posto que o nosso veículo fisiopsicossomático (corpos físico e perispírito, simultaneamente) demanda do fluido cósmico, possibilitando-nos viver, comunicar e erguer as civilizações, abrangendo a Humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada.
Os homens de mente desequilibrada aglutinam no microcosmo, que é o planeta Terra, os lugares das grandes dores resultantes dos crimes contra a Lei Divina e onde irão estagiar, resgatando o mau emprego daquele mesmo fluido cósmico com o qual as Inteligências Superiores modelam as edificações macrocósmicas.
Assim, tudo o que o homem manipula provém do fluido cósmico, que da primeira à última análise, é posse plenipotenciária de Deus.
Deus é o Sublime dispensador de todas as manifestações do fluido cósmico — Seu hálito — mas é da Lei Divina que todo e qualquer uso seja feito, única e exclusivamente, visando o Bem de todos.

2 – CORPO ESPIRITUAL
2.1 – Retrato do corpo mental
Aqui é registrada a existência do corpo mental (envoltório sutil da mente), sendo este assunto raramente incluído nos estudos espíritas.
De fato, o corpo mental, ora assinalado, vem acrescentar um quarto componente na generalizada idéia de grande parte dos espíritas, a de que temos, quando encarnados, Espírito, Perispírito e Organismo Físico; quando desencarnados, apenas os dois primeiros (obviamente, mas enfatizamos para deixar claro que o corpo mental está com o Espírito, num e noutro Plano da vida).
O Autor Espiritual registra dificuldade para definir melhor o corpo mental, por carência da linguagem terrena.
Decorrente da desencarnação o perispírito algo se modifica quanto às atividades genésica e nutritiva, sempre sob comando da mente, tudo isso em estreita sintonia com a condição moral do Espírito. É dessa forma também que o desencarnado se ajusta (ou é ajustado compulsoriamente) na região do Plano Espiritual consentânea com sua condição evolutiva.

2.2 – Centros vitais
Como informação inédita nas obras espíritas, encontraremos no livro do mesmo autor e médium “Entre a Terra e o Céu”, de 1957, edição da FEB, no Cap XX, pormenorizada descrição dos (então denominados) “centros de força”.
Agora, denominados de “centros vitais”, deles temos novos detalhes, com especificidade de funções, influenciando tanto o corpo espiritual (perispírito) como o corpo físico.
Eis os centros vitais, todos localizados no perispírito, com suas respectivas funções reguladoras-controladoras psicossomáticas:
- centro coronário: localizado na região central do cérebro (sede da mente) rege o corpo físico e perispírito; supervisiona os demais centros, que assim se lhe subordinam;
- centro cerebral: influencia os demais centros, produção e liberação dos hormônios; administra o sistema nervoso;
- centro laríngeo: controla respiração e fala;
- centro cardíaco: dirige emotividade e circulação sangüínea;
- centro esplênico: regula atividades ligadas às variações sangüíneas;
- centro gástrico: responsável pela digestão e absorção alimentar;
- centro genésico: guia a modelagem de novas formas orgânicas na reprodução humana e responde por forças criativas da alma.

2.3 – Centro coronário
Capta estímulos do Plano Superior, mas também as influências do Plano Espiritual (luz ou trevas, segundo as boas ou más ações...) retransmitindo aos demais centros vitais, daí advindo, respectivamente, tanto prazer, quanto sofrimentos — tudo, segundo a opção feita pelo Espírito.
Talvez possamos inferir que é neste centro vital que estão indelevelmente impressas as conseqüências dos nossos pensamentos e ações, desencadeando méritos ou débitos.

2.4 – Estrutura mental das células
Refere-se o Autor Espiritual apenas aos desencarnados, acrescentando que eles estavam estudando (estávamos em 1958) a estrutura mental das células, em razão da integração de fluidos aos corpos de origem mental, cuja essência é o Hausto Corpuscular de Deus (“fluido cósmico universal”).

2.5 – Centros vitais e células
Os centros vitais, sob orientação da mente, agem sobre as células físicas, determinando sua estrutura energética e especializada, seja para funções bem definidas, a saber: revestimento (pele), secreção (glândulas), contração e locomoção (músculos), sustentação (ossos), defesa (glóbulos brancos), metabolismo (fígado), depuração (rins), impulsos (nervos) e tantas outras substâncias construtoras no nosso corpo físico.
Será nos microscópicos espaços entre os órgãos que líquidos extracelulares, acoplados ao plasma sangüíneo, traçarão a estrutura aquosa da constituição humana (fisiopsicossomática - nos domínios do corpo físico e do perispírito).

2.6 – Exteriorização dos centros vitais
Os centros vitais são exteriorizáveis no corpo físico e no perispírito.
Isso ocorre, entre encarnados, na vigília ou no sono.
No primeiro caso, por sensibilidade, através ação magnética dos passistas.
No segundo caso, por ação de médicos e/ou enfermeiros, desencarnados, atendendo diretamente o perispírito do encarnado, então desdobrado pelo sono. Tudo isso, em razão do merecimento. No futuro, praza aos Céus, essa será a tônica no atendimento a enfermos, do corpo e da alma...
Sobre atendimento médico a encarnados, via perispírito, ouçamos Kardec em “Obras Póstumas”, 1ª Parte, I – “O perispírito como princípio das manifestações”, p. 44, 21ª Ed., 1985, FEB, RJ/RJ:
“(...) 12. Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e, até certo ponto, nos fenômenos fisiológicos e patológicos. Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser, terão dado grande passo e horizontes inteiramente novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo, descobertas e encontrados poderosos meios de combatê-las”.
Lembramos aqui proclamação do Instrutor Ministro Clarêncio, no livro “Entre a Terra e o Céu”, Cap XIII, “Análise Mental”, p. 82 e 83, 13.Ed., 1990, FEB, RJ/RJ, do Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier:
“A mente, tanto quanto o corpo físico, pode e deve sofrer intervenções para reequilibrar-se. Mais tarde, a ciência humana evolverá em cirurgia psíquica, tanto quanto hoje vai avançando em técnica operatória, com vistas às necessidades do veículo de matéria carnal. No grande futuro, o médico terrestre desentranhará um labirinto mental, com a mesma facilidade com que atualmente extrai um apêndice condenado”.
OBS 1 : Alguns grupos espíritas vêm desenvolvendo há alguns anos, a técnica da Apometria (do grego Apó - fora de - Metron - medida), método de trabalho mediúnico, pelo qual médiuns especializados se prestam a auxiliar pessoas com problemas obsessivos graves.
Tal prática consiste, em linhas gerais, no desdobramento espiritual de um médium, o qual, desdobrado, tem condições de vislumbrar cenas no plano astral e as condições do perispírito do paciente (este também desdobrado, ou, projetado).
Orientado por protetores espirituais (médicos desencarnados), o médium descreve o que vê, facilitando o diagnóstico das mais complexas síndromes espirituais, ou, eventualmente, narrando o processamento de cirurgias no perispírito do paciente.
OBS 2 - Perguntei a diversos companheiros, estudiosos do Espiritismo, qual a opinião sobre a Apometria.
Pouquíssimos sabiam do que se tratava...
Então, em 1999, dirigi a mesma pergunta à FEB e seu Presidente respondeu que, embora o assunto estivesse sendo tratado com a devida seriedade pelo grupo do pioneiro dessa prática, aquela Federação aguardaria que a Espiritualidade Amiga, através diversos médiuns, sérios e dedicados, aconselhasse a utilização apométrica, caracterizando a universalização do fato, segundo premissas do próprio Allan Kardec, quanto à autoridade da Doutrina Espírita.
(Pedimos desculpas pelo alongamento das observações).

2.7 – Corpo espiritual depois da morte
Expressando claramente a lição de Jesus “a cada um segundo suas obras”, lição que consubstancia a Justiça Divina, na plenitude, encontraremos o perispírito do desencarnado literalmente espelhando quem ele é, o que fez e faz, o que pensa e como vive...
Nesse quadro, o perispírito estará com algumas alterações, em relação quando revestia um corpo físico: no centro vital gástrico, face nova alimentação e no genésico, quando sublima o amor, canalizando as energias para melhoria do patamar evolutivo, seu e do próximo.
Aprimora-se o perispírito, tanto na esfera carnal quanto na espiritual.
Nas disfunções da alma, desestrutura-se, provocando doenças físicas.
No entanto, pela Bondade Infinita do Pai, a reencarnação representa uma verdadeira “internação hospitalar” de inigualável amparo, onde os eventuais desgastes ou danos serão refeitos.
Essa, indubitavelmente, é bênção ainda deslembrada por muitos de nós...

3 - EVOLUÇÃO E CORPO ESPIRITUAL
3.1 – Primórdios da Vida
Dentro da sublime obra divina, onde pontifica a Criação, temos que o planeta Terra teve primorosa feitura cósmica, de forma a que viesse se constituir em lar para seres vivos de infinitas espécies.
O calor, de início quase que incalculável, esteve presente sempre, depois foi se abrandando até estabilizar no patamar adequado à vida.
Lá, naqueles tempos em que os anos se contam por bilhões, Entidades Siderais fizeram aportar aqui o princípio inteligente (PI), que sendo magnetizado permanentemente, por séculos e séculos, na expressão de mônadas celestes, de início se jungiram ao protoplasma que dali em diante lhes daria vida evolutiva estuante.
Vemos assim que o planeta Terra é a casa. O PI, inquilino. Temporário...

3.2 – Nascimento do Reino Vegetal
Este subitem nos convida a mergulhos profundos, em reflexões sobre o surgimento, no campo da existência terrena, primeiro, dos vírus! Sabendo que eles não têm vida própria (só sobrevivem no interior das células vivas) e que são agentes de afecções em plantas, animais e no homem, isso parece configurar que o planeta Terra teria mesmo ambiente de provas e expiações, como Kardec viria a diagnosticar, no século XX. Na seqüência — sempre cronometrada por milênios —, as mônadas passaram a subdividir-se, evidenciando as bactérias primevas que, por sua vez, subdivididas em raças e grupos variados, estagiariam nos minerais, na construção do solo.
(Perdoem a repetição, mas assim como André Luiz, estaremos sempre enfatizando: “milênios e milênios transcorrem...”).

3.3 – Formação das algas
Os rudimentos de vida já citados necessitam de recursos que lhes promova a sustentação da vida. Assim, é precisamente nessa fase que sob orientação sideral surge no planeta a clorofila, como alimento contendo magnésio, possibilitando à mônada erguer-se como alga! E a metabolização da clorofila nada mais foi, ou é, do que projeção primordial do que virá a ser o sangue, quando essa alga for promovida a animal... Mas, por enquanto, até sua reprodução é ainda assexuada.
A evolução, sempre supervisionada pelos Construtores da Vida, promoverá a alga, de monocelular a pluricelular. E nesta condição, já passível de reprodução sexuada.

3.4 – Dos artrópodos aos dromatérios e anfitérios
A evolução, a bordo dos milênios superpostos, prossegue...
Vamos encontrar então a mônada vivenciando experiências entre os animais primitivos de esqueleto externo, já tendo mais compostos minerais no sangue. Evoluindo sempre, vê-se guindada à crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, com o sangue mais enriquecido. É inexorável, pela aceitação da Sabedoria Divina, captar que daí em diante, em termos de vastas programações para incontáveis e variados aprendizados (tudo isso diretamente cadenciado por Entes Angelicais), a escalada evolutiva levará esse PI a estágios na classe dos mamíferos, ante-sala do reino da razão.

3.5 – Faixas inaugurais da Razão
A mônada já detem infinitas experiências no mineral, no vegetal e em numerosas classes de animais. É hora de, sempre sendo promovida, vivenciar as experiências mais elevadas entre os mamíferos, das águas e do solo... Nessa fantástica mudança de condição vivencial, expressando tudo aquilo que assimilou nos estágios antecedentes, nos reinos citados, já se diplomou nos rudimentos da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da sobrevivência.
Chega, enfim, o grande momento: essa mônada será contemplada com três incomparáveis bênçãos: inteligência contínua, livre-arbítrio e consciência. Em outras palavras: humaniza-se.

3.6 – Elos desconhecidos da Evolução
A mudança de classe, de animal para hominal, não tem como elo apenas as experiências físicas, mas, e principalmente, os intervalos do ser na Espiritualidade, onde, na fase que antecede à promoção como integrante da Humanidade, seu perispírito sofrerá as necessárias e indispensáveis adaptações.
Não devemos nos alongar aqui, mas o famoso “elo perdido”, realmente, não se acha na Terra, mas sim no Plano Espiritual, onde competentíssimos geneticistas espirituais promovem as referidas alterações/modificações psicossomáticas.
(Informações mais detalhadas estão no Cap IX, 1ª Parte, desta obra).

3.7 – Evolução no Tempo
A concessão da vida é atribuição exclusiva de Deus e hoje tudo na natureza nos mostra a Sabedoria do Criador em programar todo um roteiro evolutivo para todas as criaturas, a partir da criação de cada Princípio Inteligente. Contemplado com a eternidade, esse PI galgará todos os degraus que o levarão, do instante da criação, ao reino angelical.
O longo roteiro de vidas sucessivas nas mais diferentes ambientações, de também diferentes classes de seres vivos, conferirá às células disciplina útil na vida de cada ser, rumo à destinação programada.
Por reflexão automática, com ajuda de Espíritos Siderais e por méritos, o ser edificará o centro vital coronário, “pai” dos demais, dos quais a seguir se verá equipado.
Finalizando o subitem, eis um dado cronológico espantoso: numa estimativa, “quase que superficial”, o Autor espiritual dimensiona que o roteiro evolutivo dos homens de hoje teria demandado quinze milhões de séculos, ou seja, 1.500.000.000 de anos!!!
Diz mais: para chegar da pedra lascada à atualidade, o homem gastou duzentos mil anos(!). Isso significa que ainda estamos engatinhando no domínio dos conhecimentos de psicologia, até alçarmos o vôo cósmico que, por méritos morais próprios, nos capacite a moldar corpo e perispírito.

4 – AUTOMATISMO E CORPO ESPIRITUAL 
O conteúdo deste capítulo nos leva a refletir num fato sublime: como os Arquitetos Espirituais, cumprindo orientação divina, cumularam cada ser vivo com diversos automatismos biológicos.
A biogenética nos dá pálida idéia do que seja isso: examinando o homem, ser vivo situado no mais alto grau da escala evolutiva do reino animal verificamos que ele:
- na fecundação (enquanto zigoto – célula viva, “ativa”, ainda não dividida) é praticamente monocelular;
- na fase adulta tem mais de três trilhões de células, agrupadas em aproximadamente duzentas espécies, as quais, agindo automaticamente, formam o corpo físico;
- é graças aos vários automatismos inseridos pela Engenharia Divina no corpo humano (metabolismo) que ele se mantém vivo, desempenhando intensas e permanentes atividades durante toda a vida, independentes da nossa vontade, do nosso comando e até mesmo do nosso conhecimento(!).

4.1 – Automatismo fisiológico
O princípio inteligente, ao longo dos tempos, por multiplicadas experiências terrenas e espirituais, em esticados tempos formou seu veículo de exteriorização, dominando células vivas — terrenas e espirituais —, para poder se manter, preservar e renovar a própria vida.

4.2 – Atividades reflexas do inconsciente
Para se aprender a ler e escrever é preciso esforço na assimilação do alfabeto e da escrita. Para isso dirigimos nossa atenção ao uso dos olhos, lábios e mãos. É assim que aprendemos a ler e a escrever, fazendo-o mecanicamente, no emprego apenas de registrar, na mente ou no papel, a verdade daquilo que o pensamento formulou.
Nesse ponto deduzimos que, conquanto automática, leitura e escrita passam a ser automáticas, mas seu entendimento exige esforço.
De posse dessas conquistas é que as vidas sucessivas dão ao princípio inteligente as chamadas “atividades reflexas do inconsciente”.
(Vamos nos esforçar para só daqui a alguns capítulos repetir que “milênios e milênios transcorreram” até a chegada neste ponto... Perdoem-nos).

4.3 – Teoria de Descartes
[René Descartes (1596-1560) – filósofo e matemático francês, autor de várias obras literárias consagradas, fundador do método que permite ao homem acesso ao conhecimento claro e distinto, aquele cuja veracidade situa-se em Deus. Sua obra Discurso sobre o método, afirmando que a verdade está em Deus, reforça a ligação entre experiência e conhecimento. Dizia: “pode-se duvidar de tudo, menos da própria dúvida, pois há uma evidência no ato de pensar” — o cogito, do célebre “cogito ergo sum” (penso, logo existo)].
Descartes, espantado e refletindo sobre a complexidade dos nervos criou a “teoria dos espíritos animais” que vivem no cérebro e promovem a vida vegetativa (os vários automatismos), por atos reflexos, independentes da vontade.
OBS: Pena que não tenha incluído as vidas sucessivas (reencarnação) em suas reflexões.

4.4 – Automatismo e herança
O indivíduo trabalha para a coletividade e esta, em contrapartida, opera em favor do indivíduo. É assim que ele vai se ajustando na espécie em que vive, sem solução de continuidade.
No homem, a inteligência gera razão, que gera responsabilidade.
Na escalada da Civilização há o reflexo, depois o instinto, depois o conhecimento.
Pelos milhares de anos é que esses conhecimentos levaram o princípio espiritual, de fôrma em fôrma, a homem.
Com a evolução, que é incessante, chegará à angelitude.
Nessa sublime escalada não podemos esquecer que tudo se deveu ao surgimento do automatismo, como herança.
Assim, temos que a Fisiologia não se separa da Psicologia:
a. atração no mineral
b. sensação no vegetal
c. instinto no animal.

4.5 – Evolução e princípios cosmocinéticos
(Princípios cosmocinéticos - forças que mantêm o movimento dos astros).
Os dias mosaicos da Criação, na verdade, compreendem épocas imensas!
A modelagem do corpo físico e do corpo espiritual atual demandaram incontáveis milênios (como vimos no n° 3.7 do Capítulo anterior: 1,5 bilhão de anos). Os Instrutores Divinos, presentes sempre, orientam e supervisionam a evolução terrestre.
Como os Espíritos são criados é questão atribuída apenas a Deus, mas a evolução, como Lei Divina, é a mesma para todos no Universo. Aliás, é pelo fato da Lei da Evolução ser para tudo e para todos que há o equilíbrio tanto na vida dos seres, quanto na rotina cósmica dos astros!
O perispírito, capeando a individualidade espiritual, com ela progride desde as “vidas menores”, além do sepulcro ou na reconstituição do berço.

4.6 –Gênese dos órgãos psicossomáticos
Os órgãos do corpo espiritual (perispírito), como fôrma aos do corpo físico, foram sendo construídos e progredindo de acordo com a qualidade de vida do ser no campo terrestre:
a. tato: adquirido na passagem pelas células nucleares (dos protozoários) com seus movimentos semelhantes aos das amebas;
b. visão: principiou pela sensibilidade do plasma (massa formadora) nos flagelados (filamentos que servem de órgãos locomotores – os flagelos) expostos à luminosidade do Sol;
c. olfato: começou nos animais aquáticos mais simples:
d. gosto: surgiu nas plantas, armadas de pelos viscosos, destilando sucos digestivos;
e. primeiras sensações sexuais: algas marinhas providas não só de células masculinas e femininas, com atração mútua, mas também num esboço de epiderme sensível – geneticamente simpáticas.

4.7 – Trabalho da Inteligência
A reflexão permanente – inteligência contínua – gera o automatismo inteligente no corpo espiritual, com ações espontâneas, levando o princípio inteligente de homem a Anjo, segundo Lei Divina do merecimento, isto é, ganhar a imortalidade no Céu com o trabalho de si mesmo.
OBS: Como vimos, os automatismos biológicos e perispirituais foram todos elaborados e implantados no homem pelos Arquitetos Siderais.
Nossa parte (responsabilidade individual), no processo evolutivo, consiste em igualmente elaborarmos e implantarmos no Espírito automatismos morais, consubstanciados nas diversas virtudes: a moral cristã!

5 - CÉLULAS E CORPO ESPIRITUAL 
5.1 – Princípios inteligentes rudimentares
Decorrido bastante tempo da criação do Princípio Inteligente (P.I.) vamos encontrar cada célula, de alguma forma, agindo qual um “sub-P.I.”, isto é, um P.I. rudimentar, sendo mais nobre nos animais superiores e nos seres humanos.
Característica fundamental dos seres é a renovação celular, a qual ocorre durante toda a vida, tanto no corpo físico, quanto no perispírito.
A modulação vibratória das células é diretamente proporcional ao estado inteligente e evolutivo do ser, animal ou homem.

5.2 – Formas das células
Células têm diferentes formas, mas, modo geral, assemelham-se a infinitesimais “abelhas” da colméia orgânica na qual vivem.
A variedade de formas decorre das múltiplas funções que cada uma irá desempenhar (formação e natureza dos tecidos) e isso em obediência ao comando mental responsável por sua existência.
Agregam-se “quase que inteligentemente” por eletromagnetismo, sob comando da mente, obviamente subordinada ao controle do Espírito.
OBS 1 – Julgamos oportuno citar as quatro forças fundamentais que regem o Universo:
1ª - GRAVIDADE: Por ex., mantém os planetas numa órbita regular em torno do Sol;
2ª - ELETROMAGNÉTICA: Mantém os átomos inteiros (é o caso das células);
3ª - FORÇA NUCLEAR FRACA: Responsável pela produção de energia do Sol;
4ª - FORÇA NUCLEAR FORTE: Mantém unidos os tijolos fundamentais de toda matéria (os quarks, que são elementos subatômicos).
(Atualmente há quem ensaie sobre a existência de uma 5ª força, mas não vem ao caso discutir isso, aqui).
OBS 2 – No mongolismo, cegueira de nascença, defeitos congênitos: tudo indica que a mente está desestruturada, pelo que o centro coronário preside formação anormal de dependência do projeto do corpo, material ou espiritual.

5.3 – Motores elétricos microscópicos
Podemos inferir que as células assemelham-se a funcionárias posicionadas com disciplina, segundo a obra que formarão:
a. reprodução, no centro genésico
b. trabalhadores da digestão
c. operárias da respiração/fonação/circulação, etc.
Sublime é essa funcionalidade “individualizada” das células, que se agrupam para formar estruturas físicas, parciais, que somadas às outras estruturas feitas por suas “colegas”, no conjunto erigirão os corpos (material e perispiritual).
Temos assim que cada célula pode ser considerada um motor microscópico, qual mini-usina, isto é, com vida própria.
A ação das células é mantida e vivificada no ambiente interno do organismo pelos líquidos que as visitam, energizando-as.

5.4 – O todo indivisível do organismo
Não será demais repetir que é sempre sob comando da mente que as células compõem tecidos, e estes, órgãos.
O conjunto passa a funcionar, indivisível, sob controle do sistema nervoso e pela ação de hormônios específicos (adrenalina, insulina, testosterona, etc.).

5.5 – Automatismo celular
As células adquirem aspectos diversos, mas pelas incontáveis e milenares repetições, sua atividade se torna automática para a tarefa que a Vida lhes reserva.

5.6 – Efeitos do automatismo
Estudos sobre células especializadas, com cultura em fragmentos de tecidos demonstram que tais tecidos podem ser mantidos vivos, em soro adequado, desde que mantidos em temperatura semelhante à do corpo humano. Porém, logo excretam produtos que intoxicam o soro, exigindo renovação deste. Fora do comando da mente comportam-se como amebas: liberdade para agir, pelos próprios impulsos.
OBS: Muito diferente da época em que este livro foi elaborado é a atual manutenção de células, que permanecem intactas: em hidrogênio líquido, a uma temperatura de -196°C (caso, por ex., das células germinativas mantidas assim nos laboratórios que realizam fecundação assistida).

5.7 – Fenômenos explicáveis
Células com poucos dias de formação (embrionárias), se forem enxertadas em outros tecidos “in vivo”, conseguem gerar órgãos-extras, por vezes monstruosos... (Essa, a realidade em 1958).
OBS: Na atualidade, vislumbramos no fantástico elenco de possibilidades que as chamadas “células-tronco” ofertam à Medicina, prova cabal do quanto o Alto vem repassando à humanidade para melhoria da vida física. Convém ressaltar nossa opinião sobre o emprego das células-tronco: só as do próprio indivíduo e para fins terapêuticos, jamais embrionárias ou para eventual clonagem humana.
Faquirismo em sessões experimentais de Espiritismo: sob comando mental superior, arremessando fluidos de impulsão em plantas, estas crescem de modo anormal. Pelo mesmo processo se explicam as materializações mediúnicas (o ectoplasma que escapa do médium atua sobre células que, exteriorizadas, sob comando do Espírito desencarnado, produzem fenômenos incríveis, todos demonstrando a imortalidade da alma).

* * *
OBS: Vamos inserir abaixo alguns dados elementares sobre as células e o corpo humano, destinados a melhor compreensão do presente capítulo.

CÉLULA - unidade morfológica dos seres vivos; variáveis na dimensão e forma, contudo todas têm a mesma estrutura: limitadas por uma membrana, apresentam duas partes: o citoplasma (substância fundamental) e o núcleo (geralmente é único) onde se encontram os cromossomos, que contêm o DNA, que contêm os genes; em suma: o núcleo é o responsável pela transmissão dos caracteres hereditários;
- Para ocorrer fecundação, temos que duas células germinativas se encontram: um espermatozóide e um óvulo;
- Ocorrida a fecundação, as duas células se transformam em apenas uma, que pode ser denominada de zigoto, ovo ou embrião;
(Algo a ver com as palavras de Jesus, em Mt. 19:5: “Dois serão uma só carne”?)
- Logo o zigoto começa a se subdividir (clonagem natural) em progressão aritmética: 2, 4, 8, 16, 32, etc.;
(Eis aqui o primeiro dos automatismos biológicos em ação, maravilha que só mesmo Deus poderia engendrar)
- Por volta do terceiro dia de existência do zigoto ele já está com aproximadamente de 32 a 64 células, num esboço embrionário denominado mórula (aspecto de amora);
- Do terceiro ao quinto dias, já serão de 100 a 200 células, não especializadas, que são as atualmente famosíssimas “células-tronco”, num conjunto denominado blastócito;
- Em uma semana já estarão definidos todos os rumos das células-tronco, que sempre se subdividindo, irão formar os tecidos e órgãos do corpo humano;
Até um mês, esse conjunto ainda é microscópico!
- Em três meses o conjunto se denomina feto;
- Em nove meses nascerá – é o bebê(!);
- Por volta dos vinte anos, formado de 30 a 40 mil genes, o conjunto terá aproximadamente três trilhões de células.
E pensar que tudo começou com apenas uma!!!

6 – EVOLUÇÃO E SEXO 
6.1 – Aparecimento do sexo
A simplicidade do título deste subitem pode induzir à impressão de que o sexo seja, assim, assim, um fator a mais na vida do ser. Monumental engano: o sexo é, sem descolorir as demais sublimidades divinas do Criador, aquela sobre a qual se fundamenta a evolução de cada indivíduo, arrimando-o de incomparável energia, eterna, criadora.
De início, nos reinos inferiores, garante a perpetuação das espécies.
Já no reino da razão, qual um altar da Vida, age como laboratório das formas físicas, estrutura a família e, sobretudo, responsabiliza-se pelas abençoadas criações nas várias atividades humanas, avalizando o progresso espiritual da Humanidade. É energia da alma, para os labores da Natureza.
E mais: pelo sexo fluem forças divinas, promovendo nascimentos e renascimentos — no santo processo da reencarnação.

Bactérias, sabemos, são organismos microscópicos, unicelulares, de várias espécies, que se reproduzem por divisão transversal.
Célula, por sua vez, é a menor unidade de função e de organização capaz, por si mesma, de multiplicação e de relação, que apresenta todas as características de vida.
Pois bem: umas e outra, assexuadas, foram compelidas a atravessar milênios sobre milênios se reproduzindo assexuadamente, isto é, sem o concurso de elementos próprios sexuais.
Foi então que os Espíritos Siderais, guardiões da Vida e com delegação Divina para promover o progresso terreno, insculpiram em determinado grupo de bactérias e células, qualidades magnéticas, positivas e negativas. Eis que se aproxima o abençoado momento de eclodir a evolução animal!

6.2 – Bactéria diferenciada
O grupo de bactérias leptótrix destaca-se de todos os demais grupos.
Impressionante: nutre-se apenas de ferro!
Possui revestimento ferroso que logo perde e vê-se coagido a nadar, com o que novo revestimento se formará.
Instrutores da Vida Maior supervisionam e dirigem tal atividade.
A dinâmica a que tais bactérias são obrigadas a vivenciar lhes proporciona aproximação, jungindo-se umas às outras, preludiando o que estava por vir: reprodução sexuada. Antes, morte em massa as visita, para depois elas próprias ressurgirem no mesmo ambiente.
De experimentação em experimentação, sempre sob coordenação do Bem Eterno, irão surgir as algas verdes.
Estava inaugurada, no planeta Terra, a comunhão sexual!

6.3 – As algas verdes
— Seriam as algas verdes descendentes das algas azuladas?
Essa a pergunta ainda não respondida pelos biologistas.
É que as bactérias leptótrix, dinamizadas, direcionadas e conduzidas pelas Inteligências Superiores, invadiram as águas onde encontraram as colônias de algas de cor azulada, vivendo em águas e terrenos úmidos — seu habitat natural.
Depois de submetidas às multiplicadas modificações de ordem espiritual foi que desse convívio surgiram as algas verdes.

6.4 – Concentrações fluídico-magnéticas
Nos planos da Vida, cujos passos, desde a formação planetária foram intermitentes, os habitantes do mundo vêm atravessando épocas imensas, e em cada uma deles, sempre metamorfoseando e evoluindo.
As concentrações fluídico-magnéticas a que se refere André Luiz são, em primeira e última análise, os cromossomos.
O Princípio Inteligente, nessa rota evolutiva, quando já habitando constituição orgânica mais elaborada, recebe também (sempre dos Arquitetos Sublimes) condições mais elaboradas de reprodução — os cromossomos.
Para efeito de entendimento singular os cromossomos podem ser comparáveis a moldes tipográficos onde são posicionadas as letras, formando-se texto que, uma vez escrito, ruma para a eternidade.
OBS: Pelos “editores de texto” dos computadores modernos é mais fácil entendermos como é que um texto de uma página, por exemplo, com dezenas de parágrafos pode, cada um, ser grafado com um tipo de letra e mesmo as letras, com cores infinitamente diferentes. A página seria o corpo, os parágrafos os cromossomos e as letras, os genes.
No corpo físico os cromossomos se localizam no núcleo celular; já no perispírito, no citoplasma (célula sem núcleo).
OBS: Do fato de que no Plano Espiritual as células astrais são destituídas de núcleo podemos inferir que isso acontece porque, lá, não há reprodução — dispensado pois, o reservatório cromossômico!
Alongando nossa digressão: o corpo físico é formado de matéria terrena e o corpo espiritual (perispírito) da psicosfera do planeta; o primeiro é renovado a cada existência física; já o segundo, terá duração igual à soma de todas as reencarnações num mundo, até que o Espírito vá viver em outro, de onde apropriará matéria para formar novo perispírito...
A germinação nas plantas constitui bateria de testes e análises para as transformações na química das algas verdes, impulsionando-as a dar mais passos na caminhada evolutiva.

6.5 – Filtros de transformismo
O princípio da reprodução é cada vez mais aperfeiçoado no Princípio Inteligente, que aos poucos vai formando veículo físico-espiritual.
Já vão ficando para trás as vidas nos reinos mineral e vegetal...
Contudo, permanecem as experiências e automatismos ali adquiridos.
Importante anotar que ainda hoje temos, na Terra, as bactérias e as algas, demonstrando taxativamente que Deus cria sem cessar.
Aparecem e desaparecem seres considerados monstruosos, no parecer e no tamanho.
Permanecendo imortais os cromossomos em cada ser vivo de cada espécie, provavelmente nos centros vitais (já que no Plano Espiritual não há órgãos reprodutores), fica assim assegurada a hereditariedade.

6.6 – Descendência e seleção
As atividades garantidoras da descendência e da seleção ocorreram gradativamente e nos dois Planos da vida.
À medida que o Princípio Inteligente passava e repassava pela experiência da morte, mergulhava em diferentes campos vibratórios, com isso adquirindo cada vez mais condições de transformação e mesmo de mutação de espécie.
Funções fisiológicas propiciadoras de expansão e herança tiveram e têm por base as energias físicas e espirituais, ofertando condições para que as químicas do núcleo celulares e do citoplasma se reúnam.

6.7 – Genealogia do Espírito
O homem criou a Paleontologia (ciência que estuda os animais e vegetais fósseis, via traços deixados nos sedimentos geológicos) e nem ela lhe faculta explicitar a evolução.
Em todos os seres vivos, do leptótrix ao homem, sua formação embrionária e o nascimento, estão a comprovar que há uma linhagem física para cada um deles, restando comprovando que há igualmente uma “linhagem” espiritual.
Falando assim, tão despreocupadamente “do leptótrix ao homem”, até parece que tudo foi tão simples, tão rápido...
— Será?...
É hora de quem está lendo respirar fundo e pensar intensamente em Deus: de um a outro (da bactéria leptótrix ao homem), foram consumidos quinze milhões de séculos!
Ou, se quiserem, dizendo de outra forma: 1,5 bilhão de anos...
Pois é: essa é a nossa idade, caro leitor.
Acrescentaremos abaixo um quadro versando sobre a idade do planeta Terra, citando as diversas ERAS, respectivos PERÍODOS e CARACTERÍSTICAS principais (das ERAS). Lembramos, desde logo, que tais dados não contam com unanimidade, havendo outras estimativas dos geólogos.
E R A
P E R Í O D O S
CARACTERÍSTICAS
ARQUEOZÓICA
Durou 4 bilhões de anos
 AZÓICO
ARQUEANO
ALGONQUIANO
Formação e consolidação do Planeta; crosta; oceanos;
Surgimento da vida: algas e invertebrados
PALEOZÓICA
(Primária)
- Durou 250 milhões de anos
CAMBRIANO
ORDOVICIANO
SILURIANO
DEVONIANO
CARBONÍFERO
PERMIANO
Diversificação dos invertebrados;
Primeiros artrópodes terrestres;
Primeiras plantas terrestres
Primeiros anfíbios
Primeiros répteis
Primeiros insetos
Florestas de samambaias
Diversificação dos répteis
MESOZÓICA
(Secundária)
- Durou 130 milhões
de anos
TRIÁSSICO
JURÁSSICO
CRETÁCEO
Primeiros mamíferos;
Domínio dos dinossauros;
Primeiras aves;
Extinção dos dinossauros;
Primeiros primatas;
Primeiras plantas com flores
CENOZÓICA
(Terciária)
- Dura 70 milhões de
anos
PALEOCENO
EOCENO
OLIGOCENO
MIOCENO
PLIOCENO
PLEITOCENO
ATUAL ou HOLOCENO
Evolução dos mamíferos (primatas);
Evolução das plantas monocotile-
dôneas e dicotiledôneas;

SURGE O HOMEM!

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