Através do espiritismo sabemos que grande parte das relações amorosas acontece entre espíritos conhecidos de há muito tempo.
Você acredita que nos encaminhamos para um novo tempo, em que as coisas serão melhores? Você é capaz de perceber que as mudanças já começaram? Nós vivemos durante muitos séculos com o mesmo modelo de sociedade, com o mesmo formato de família, em que cada um tinha o seu papel muito bem definido. Hoje há formatações familiares e amorosas para todos os gostos.
A maior evidência de que estamos atravessando um período de transição é a velocidade com que os costumes e as opiniões estão mudando. A Terra está deixando de ser um planeta de provas e expiações para se tornar um planeta de regeneração. Para isso você e eu estamos nos regenerando. Você sabe que é espírito imortal e que já reencarnou muitas e muitas vezes neste nosso planeta Terra. Pois agora é o momento de abandonarmos nossos velhos preconceitos, nossos padrões culturais ultrapassados.
Não sabemos exatamente como vai ser. Não sabemos qual a estrutura da nova sociedade que vai surgir. Justamente por não sabermos é que a sociedade atual vai testando todos os meios possíveis de se alcançar mais liberdade, mais harmonia, mais amor. Para os mais conservadores os novos modelos familiares parecem o caos. Mas é dessa bagunça que virá a solução.
Todos estão procurando a melhor maneira de viver um relacionamento amoroso e familiar. Há uma tentativa desesperada de vivenciar o amor, e com isso antigos padrões vão sendo derrubados e surgem novas possibilidades. Metade das crianças tem os pais separados. É uma pena, pois você sabe que a criança perde a inocência quando se dá conta de que seus pais se separaram. O modelo padronizado, que estamos acostumados a seguir há séculos, é pai, mãe e filho. É o modo natural de formar referências.
Mas é claro que isso funciona quando o relacionamento é o ideal, e a maioria não é. Nunca houve tantas tentativas de se formar um lar, e nunca houve tantos lares desfeitos. Todos têm se permitido testar, casando e descasando, assumindo filhos do parceiro ou juntando filhos de suas uniões anteriores.
Sabemos que grande parte dos relacionamentos amorosos acontece entre espíritos conhecidos de há muito tempo, que voltam a se encontrar na tentativa de consertar antigos estragos, com o propósito de harmonização, perdão e aprendizado. Quando um casal se separa está na verdade interrompendo esse processo de reajuste, adiando para outra oportunidade o reajuste necessário. O problema é que da próxima vez pode ser em piores condições…
Por outro lado, sabemos que há uniões em que se torna impossível a convivência harmônica, e que por questões de segurança física, mental ou emocional estão fadadas ao fracasso. Pela primeira vez em nossa trajetória espiritual neste planeta há uma liberdade tão grande na escolha de parceiros, e isso deixa claro que todos buscam o amor. Mas essa busca ainda é imatura, pois para amar é preciso entrega, e não é isso o que se vê. Ainda se quer mais ser amado do que amar…
Também nunca se viu tanta solidão. Mesmo em pessoas que se relacionam com outras, se observa a solidão íntima, pois não há entrega de parte a parte, talvez por medo de se tornar dependente emocionalmente de alguém, talvez por esperar que possa aparecer alguém mais interessante, talvez por desacreditar que ainda possa existir amor verdadeiro.
Dessa bagunça de filhos de pais separados, de segundos e terceiros casamentos, de padrastos e madrastas e enteados, de pais e mães solteiros, de casais homossexuais buscando reconhecimento e respeito em suas tentativas de formar núcleos familiares, vai surgir uma nova sociedade. As experiências que se mostrarem erradas não serão repetidas; os modelos familiares que não derem certo serão deixados de lado; a liberalidade vai virar liberdade.
Todo aprendizado se dá pelo amor ou pela dor. Quem conseguir amar e ser amado, quem encontrar harmonia no meio dessa sociedade em ebulição, terá aprendido a lição. Quem não conseguir amar, aprenderá pela dor. E você sabe, eu sei, todo mundo sabe que brincar com sentimentos dói. Quem se perde nessa aventura de sexo livre e procura interminável pelo parceiro ideal, fere muitos sentimentos alheios. E quem fere será ferido…
Estamos construindo o amanhã. E o amanhã é para nós mesmos. No nosso próximo passeio pela Terra vamos conferir o resultado de tantas experiências!
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